sábado, novembro 25, 2006

Cancioneiro do Sado: Um ponto de situação

Inicio do estuário do rio Sado, no Bugio. Local com fornos de ânforas do periodo romano e que depois foi habitado em contexto contemporâneo até ao século passado.Ao longe é visível o braço do estuário que se desenvolve até à povoação de Alberge.

Como já tivemos ocasião de referir, demos por concluida a primeira série de recolhas do Cancioneiro do Sado, tendo como base os dois volumes encadernados do Jornal Pedro Nunes, existente na biblioteca municipal.Graças ao trabalho já efectuado pelos nossos colegas da biblioteca que importa referir e valorizar, foi efectuada uma recolha exaustiva de poesia que vai até 1910. Com base nessa recolha é possível dar inicio à segunda fase deste Cancioneiro. É importante que os estudiosos, curiosos e apaixonados pela história do nosso concelho, possam frequentar mais vezes a biblioteca e o arquivo municipal, porque ambos encerram um património documental muito importante, à espera de ser estudado e divulgado. Existem preciosidades no arquivo municipal que em devido tempo iremos dar conta, mas esse mundo documental tambem está à vossa espera.

Em relação à primeira série de recolhas, em sintese podemos referir que efectuamos uma recolha de 78 poemas que disponiblizamos online neste blog. A grande maioria desta poesia popular, podemos inserir no grupo da Poesia de Amor. Ela transmite-nos os anseios de uma comunidade de jovens apaixonados, que lutam contra os condicionalismos sociais da época, sofrem em silencio pela ausencia do bem amado e lutam contra a vontade contrária dos pais da jovem. Outra poesia, num registo mais escasso, pode ser inserida na critica social algo irónica.
Estamos curiosos em saber o que iremos descobrir nesta segunda série de poesia do nosso Cancioneiro, que está a contribuir para a renovação da visão que temos sobre o passado recente da nossa região.

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