Vale da Marafona/Ribeira de S. martinho e ao longe a Serra de Palma
Fonte tradicional na povoação de Palma/Alcácer do Sal. Encontra-se fora de um vasto recinto de alvenaria, que no século XVI defenia um jardim ao gosto da época.
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Jornal nº 115, 11 de Outubro de 1908
Quando eu não tinha
Desejava ter,
Uma hora no dia.
Meu bem p´ra te ver.
Agora já tenho
Com muita alegria,
Meu bem p´ra te ver
Uma hora no dia.
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Jornal nº 116, 18 de Outubro de 1908
O meu lindo amor
Ficou d´aqui vir,
Deitou-se na cama
Deixou-se dormir.
Como qu´ria ser
Cantador de fama,
Deixou-se dormir
Deitou-se na cama.
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Jornal nº 117, 25 de Outubro de 1908
Cantador de fama
Deita-te a dormir,
Quem te cá mandou
Mais valia vir.
A´s tuas cantigas
Valor nenhum dou,
Mais valia vir
Quem te cá mandou.
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Jornal nº 118, 1 de Novembro de 1908
Se o meu lindo amor
Viesse aqui ter,
Uma missa ás almas
Mandava dizer.
P´ra ver o meu bem
Coberto de palmas,
Mandava dizer
Uma missa às almas.
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Jornal nº 119, 8 de Novembro de 1908
Passas-me pela porta
Uma vez e outra,
E nada me dizes
O´cara marota!
Eu sei que tu gosas
Momentos felizes
O ´cara marota,
E nada me dizes!
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Jornal nº 120, 15 de Novembro de 1908
Mais vale um ganhão
Sem manta nem nada,
Que vale um «dandy»
De bota engraxada.
O´meu lindo amor
Pergunto-te a ti,
De bota engraxada
Que vale um «dandy»?
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Jornal nº 121, 22 de Novembro de 1908
O´moças não queiram
Casar com ganhões, (1)
O seu ganho não chega
P´r´os nossos botões.
Até ao domingo
Nem vão p´ra a adega.
P´r´os nossos botões
O seu ganho não chega!
1 – Creados de lavoura a quem os lavradores do Sado não chegam a pagar 200 réis por dia!...
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Jornal nº 122, 29 de Novembro de 1908
Assenta-te amor
Conchega-te a mim,
N´esta cadeirinha
De pau d´alecrim.
Comtigo assentado
Me julgo rainha
De pau d´alecrim
N´esta cadeirinha.
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Jornal nº 123, 6 de Dezembro de 1908
Assenta-te amor
Aqui a meu lado,
N´esta cadeirinha
De pau encarnado.
Não tenhas receio
Porque é muito minha,
De pau encarnado
Esta cadeirinha.
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Jornal nº 124, 13 de Dezembro de 1908
Minha querida mãe
Tudo sei fazer,
Menos namorar
Nem quero aprender!...
No rol dos honrados
Me vou collocar,
E tudo aprender
Menos namorar.
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Jornal nº 125, 20 de Dezembro de 1908
Vim eu de tão longe
P´ra te ver querida,
Por ti me arrisquei
A perder a vida.
Por muitos caminhos
P´rigosos andei.
A perder a vida
Por ti me arrisquei.
A Musala do Torrão
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Para os interessados, encontra-se disponível on-line mais um trabalho sobre
o Torrão, na Revista Al Madan - Adenda Electronica nº 16, referente a 2008.
O ...
Há 14 anos
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